terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Amor poético - Ana Kita

Inverno, 2008 - Joinville

Tudo começou com aquele casual encontro de biblioteca, conversamos normalmente como dois jovens desimpedidos que éramos. Não falamos de namoro, nem de sexo, de família, universidade ou trabalho, sei lá, só falamos. Foi a conversa da minha vida. O encontro perfeito, o papo ideal, aparência de chamar atenção, um lugar bonito, uma data comum... Não marcamos para nos reencontrar, mas nos vimos de novo.
Uma, duas, três, quatro vezes talvez. Passeamos de ônibus uma vez, duas voltas completas, dessa vez só ele falou. Ensinou-me coisas incríveis, sobre o mundo, sobre mim. Vocabulário.... Um dia fomos a minha casa, deitamos lado a lado, discutimos um pouco, opiniões opostas, foi salutar a final. Passeamos até um café, não ficamos muito porque havia muita gente e consequentemente muito barulho. Ambos detestavam agito. Passamos um final de semana na praia, pegamos sol, ficamos na rede... Foram excelentes encontros. Confesso.
Pena que como quase tudo na vida, um dia chegou nosso fim, levei-o até a biblioteca, poderíamos nos ver novamente, mas era o fim de um ciclo, não havia mais razão. Pelo menos nessa fase da minha vida: havia terminado. Fomos até a estante em que nos conhecemos, e lá nos despedimos. Não recordo mais seu nome, talvez seja este o único motivo que não me faça voltar a sair com aquele maravilhoso e inesquecível livro.

-> Revisado em 2 de julho de 2010.

Um comentário:

  1. Uma vez que o lemos o livro sempre nos acompanhará, em mente e alma.

    Nossa como você está evoluindo sua escrita, muito bem, assim também como está arquitetando as idéias. Estou muito feliz.

    Bjos minha querida!

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