quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aprendendo a sorrir ou sorrindo - Ana Kita

Poderia falar de planos que não deram certo, de lembranças doloridas, de promessas não cumpridas, mas por hoje, apenas por hoje, não quero cometer os mesmos erros. Não falo daqueles erros que separam garotas apaixonadas de homens que apenas querem bons momentos. Falo dos erros que fazem essas mesmas garotas não aproveitarem os tais momentos. Sofrem antes, às vezes durante, e sempre depois. Nunca essas garotas pensarão como esses homens, muito menos eu. Precisamos da diferença, é também ela um dos motivos de tanta atração. Só faço o possível para que elas, como eu, descubram o quanto vale aproveitar um beijo, seja o último, o primeiro ou mais um, também um sorriso, uma conversa honesta, e até uma canção que recorde aquele momento especial.
Viver é uma união de bons e maus momentos, mas que não precisam dessa divisão. Prefiro dividi-los em momentos em que se aprende sorrindo e aqueles em que precisamos aprender a sorrir. Tudo na vida é aprendizado, se fosse por nossa escolha talvez só houvesse alegria, no entanto um dia descobrimos que há aprendizados que exigem dor. Por sorte, assim como a dor vem, ela também se vai.

Ana Kita
(Primavera, 2009.)

-> Revisado em 28 de julho de 2010.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Medo romântico - Ana Kita

Não tenho mais medo. Medo? Medo de amar parece insanidade. Como posso temer aquilo não controlo. Quando criança, eu sentia sede à noite, acendia as luzes até a cozinha, bebia água, depois apagava as luzes e corria até meu quarto. Eu não entendia bem o que temia, mas minha respiração só deixava de ser ofegante quando minhas cobertas voltavam a me "proteger". Ainda hoje busco as cobertas. Mas, quem são elas?
Quando penso no amor logo um rosto masculino, momentos ao seu lado, seu corpo me aquecendo, suas palavras doces - sem promessas -, vêm a minha mente. Não me preocupo em sonhar com ele, não tenho problemas em entender que o amo, e normalmente nem sofro ao pensar que pode não retribuir a esse sentimento. O que circula minha mente, faz com que eu acorde agitada, escreva compulsivamente pela madrugada é a falta que sua presença me faz. Ao seu lado sou mais criativa, mais saudável, mais feliz... Ao seu lado me sinto completa, e quando não o vejo sinto que me perco. Acho absurda essa dependência, passamos a vida nos libertando. Procuramos a liberdade das opiniões alheias, da estabilidade financeira proporcionada pelos pais, dos padrões educacionais e sociais, das formalidades, das expectativas dos demais... E quando vemos já criamos outras amarras. Queremos satisfazer um parceiro, atingir as metas do trabalho, ser admirados pelos amigos, reconhecidos pela sociedade, fazer parte de uma grande massa (ainda que sonhemos com um nível acima da maioria).
Complexo pensar em liberdade falando em amor. O amor normalmente aparece como celas. Possuímos toda a liberdade e desejamos nos entregar a alguém. No fundo o que desejamos é estarmos presos, amarados a convicções românticas, a promessas que nem sempre serão cumpridas, a documentos hipócritas, a futuros imprevisíveis. Não tente entender. O amor é assim mágico, envolvente, justamente por sua magnitude incompreensível. Ele mais parece uma obra surrealista que romântica. Não há mocinhas ou malfeitores, parece que todos somos relógios derretidos.

Ana Kita
(Inverno, 2009.)

->Revisto em 28 de julho de 2010.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Podia ser, mas se fez melhor - Ana Kita

Você podia ser apenas mais um minha vida, desses caras que passam e não voltam. O tipo de amigo de um momento bom e a seguir um ruim, alguém com quem se aprende algo, mas de quem quase não se lembra. O típico caso de balada, uma noite de beijos e canções e nem telefones são trocados. No entanto, o destino quis me testar. Voltamos a nos falar, a nos ver, a nos envolver. E agora já não sei mais o que fazer. Estou me apaixonando e a cada minuto um pouco mais. Temos novos bons momentos, mas você não se mostra apaixonado, o que posso fazer? Tenho medo de mostrar, medo de me perder em seus encantos, tenho medo de lhe perder. Dizer? Omitir? Fugir? Num momento sou toda confiança, no seguinte o pessimismo toma proporções homéricas.
Quero declarações, comprometimento, aceito só mais alguns momentos. Não exijo presentes, testemunhas ou promessas. Quero um pouco do seu tempo, um pouco do seu desejo e com sorte um pouco do seu amor. Desejo muito, mas, como Cervantes, me contento com pouco. Prometo-lhe recompensar, se sentir dor lhe massageio, se tiver sono faço-lhe cafuné, se tiver frio posso tentar aquecê-lo, se sentir calor posso abrir as janelas ou tentar fazer vento, se precisar de espaço prometo me afastar, se quiser se divertir posso lhe acompanhar ou sumir, se quiser conversar posso lhe aconselhar ou apenas ouvir, se quiser futebol posso fazer torcida ou dormir mais cedo, se tiver fome posso preparar o jantar ou não comer, se ficar triste posso lhe alegrar ou chorar junto, se tiver motivo de alegria posso ajudá-lo a comemorar, e se desejar amor dou-me inteiramente.

Ana Kita
Inverno, 2009.

-> Revisado em 28 de julho de 2010.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Depois de um inverno rigoroso...

Há tempos digo "depois de um rigoroso inverno" quando quero na verdade dizer apenas que estive afastada do interlocutor, muitos não entendem. Mas, eu estava conversando com um amigo quando citei minha habitual frase e ele concordou dizendo "ambiguamente", de repente me senti tão satisfeita que deixei a hora de lado e pedi que sentássemos. Finalmente alguém havia compreendido minha intenção com aquela expressão, e nesse caso o inverno também havia sido rigoroso. Percebi que mesmo esses amigos que mais são apenas conhecidos do que realmente confidentes e companheiros também podem nos surpreender positivamente. Acabamos por desenvolver uma conversa impolgante sobre o inverno e o outono, até falamos de planos para o verão.
Realmente fiquei feliz por tê-lo encontrado, mais feliz ainda por ter sido compreendida e ter passado uma hora tão agradável. Ainda assim, antes que nos despedíssemos com aquelas promessas comuns e nunca cumpridas de marcar alguma coisa, fiquei analisando que se não fosse a compreensão da sua parte eu praticamente teria me privado de um bom momento. Pode parecer autocrítica acentuada, mas fiquei imaginando uma nova situação se tivéssemos nos encontrado e não houvesse o episódio expressão habitual e compreensão, provavelmente eu diria que tinha outros afazeres e logo me despediria. Com isso deixaria de ter tido essa hora agradável, lembrado de momentos divertidos, descoberto algumas coisas, e até mesmo melhorado essa amizade.
Finalmente nos despedimos porque em momentos agradáveis a hora voa, e fui pra casa pensando como devo perder bons momentos com essas ideias fixas de coisas mais relevantes a fazer, ou de não perder tempo com alguém que nem tenho tanta amizade, ou mesmo de passar pelo mesmo caminho para não me perder ou perder tempo. Se eu fizesse tudo diferente poderia haver muitas decepções ou tristezas, mas incrivelmente tenho a sensação de que encontraria muito prazer e alegria. Desse casual encontro até a digitação desse texto me tornei outra mulher, não digo que faço tudo diferente ou que nesse tempo só tive bons momentos, mas estou aliviada por ter aprendido a aproveitar mais. A vida é muito rápida, mas comprida o suficiente para tirarmos essas lições.

sábado, 27 de junho de 2009

Anseio - Ana Kita

(Um texto pelo meu estado nessa madrugada...)

Os metros ali em baixo eram tudo que eu tinha em mente, eram tudo em que eu pensava. Por tanto tempo fui absorvida pelos problemas dos outros, pelos meus medos, pelos meus planos, pelos meus problemas... E de repente eu me sentia fraca demais, como se não houvesse mais energia. As lembranças, as palavras, os sorrisos, aquilo de que nos alimentamos nos dias tristes pareciam tão pouco... Pouco para me dar coragem, para me dar força... Eu precisava ser reerguida, não me bastava apenas mais uma dose homeopática de alegria. Eu tinha que abandonar a sacada, tirar toda melancolia do meu ser e, no outro dia... Trabalhar.
Eu preciso voltar a viver. Às vezes tenho dúvida se já vivi. Fugir, omitir, suportar... Nada disso foi viver. Eu quero traçar metas, correr atrás dos meus objetivos, encontrar colaboradores pelo caminho, levar alguns comigo, admirar as conquistas alheias e alcançar as minhas. Almejo viver! Tenho necessidade de me sentir útil, capaz, viva. Desejo felicidade. Anseio por dias melhores, por amores verdadeiros, por companheiros permanentes. Na minha história não existe outra protagonista, se não for eu quem será?

Ana Kita
(Inverno, 2009.)

-> Revisado em 28 de julho de 2010.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Colorindo de alegria meu passado - Ana Kita

Não há sorriso de foto que possa expressar o que eu sentia ao seu lado. Hoje revendo os sorrisos dele me ponho feliz e até satisfeita: eu o fiz feliz. Por isso, se hoje sofro não é pela ausência, pelas garotas ao seu lado, ou pelo seu afastamento. Eu sofro pelos nossos planos, pelos momentos que não voltam, pelo que me fazia sentir e nunca mais sentirei.
Pode parecer besteira, porém onde ficarão nossos cinco filhos? Nossa casa na praia terá outras crianças brincando? Nossas malas não conhecerão juntas os cinco continentes? Quem ficará oito dias em lua de mel na praia? Como faremos nossa sala de biblioteca? Quando convidaremos os amigos para um fim de semana de filmes? Tantos projetos que se perdem.
Ele pode rir ao lembrar, mas quem passará a virada de ano preso no elevador? Quem saberá aproveitar três dias chuvosos numa praia? Quem poderá pedir em namoro junto ao ator do cinema? Quem terá sua primeira vez num camping sob lua cheia? Quem fará promessas às estrelas? Tantas lembranças que colorem álbuns e paredes.
Ninguém pode compreender, no entanto quem sentirá orgasmo desde a primeira tranza? Quem chorará no primeiro encontro? Quem congelará ao nadar num rio no inverno? Quem ficará feliz com os gols contra dele? Quem o fará feliz nas derrotas? Quem irá segurar a mão dele quando seu próximo sobrinho nascer? Tanta companhia para um dia cessar por completo.

Ana Kita

Nota da autora: Segundo pesquisas, "transa" com o significado de "sexo" é escrito com "s", no entanto, a autora não concorda como ficaria a pronúncia e prefere deixar escrito com "z".

-> Revisado em 28 de julho de 2010.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

É HOJE!

Feliz Dia dos Namorados aos que possuem!
E aos que não têm... Não sofram! A vida é feita de altos e baixos, e esse dia nem chega a ser um baixo, é só publicidade. O importante é ser feliz! Se não estiverem felizes saiam, procurem a felicidade, mas acreditem... Feliz é aquele que sonha e busca seus sonhos!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Faltaram 2 e hoje, falta apenas 1 dia...

Peço centenas de desculpas, ainda que ninguém acompanhe o blog, eu me propus a escrever todos os dias e acabei falhando... É a vida, ainda sou humana, ainda tenho falhas, e ainda posso me redimir.

Hoje gostaria de escrever sobre a frase de William Shakespeare: "Nenhuma pessoa é perfeita até que você se apaixone por ela."
Pois bem, feriado, véspera de Dia dos Namorados, nada melhor do que deixar o conselho: Deixe de procurar os defeitos que existem nos outros, porque você também os possui. Aproveite para admirar as qualidades e virtudes alheias, especialmente daquela pessoa especial. Que nunca será perfeita, mas aos seus olhos (apaixonados) terá defeitos mínimos! Ame!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Faltam 3 dias...

Eu gostaria de escrever alguma coisa bonita, interessante, misteriosa, envolvente, que eu acreditasse, de que eu gostasse muito, mas a única coisa que me veio em mente foi: Você!

hahahahaha

Minha mãe lhe fez um pedido, seja o genro dela!

hahaha

Quer uma boa sogra? Minha mãe é ÓTIMA! =D

haha

Você sabe que eu nunca sei o que falar, você sabe que minhas cartas não são muito criativas, pois bem, aceitei o conselho de todos e só lhe trouxe essa aliança!

:-O

Passei o dia pensando numa frase menos trivial que: Eu amo você.
Ao me levantar, pensei: É você quem faz minhas manhãs mais felizes.
Ao abrir a janela e não encontrar o sol, pensei: Com você até os dias mais chuvosos parecem iluminados.
Ao ir para o trabalho, pensei: Posso suar todos os dias se eu tiver ao menos em um minutinho o seu abraço para me confortar.
Ao sair para o almoço, pensei: Tenho vontade de viver apenas para fazê-la feliz!
Ao encontrá-la, pensei: Se não fosse para tê-la ao meu lado eu não precisaria viver.
Ao estudar, pensei: Não quero só ser uma pessoa melhor, quero ser a melhor pessoa para você!
E finalmente, ao me deitar, pensei: O quanto é bom tê-la ao meu lado, o quanto sinto sua falta, o quanto me faz feliz, o quanto quero fazê-la feliz, e o quanto indeciso estou para escolher uma frase. Ah, vai: Eu amo você, mesmo!

hehe *-*

domingo, 7 de junho de 2009

Faltam 5 dias...

"Vou usar uma metáfora que pode parecer exagero, mas é como fiéis que rezam todos os dias para Deus, se um dia encontrassem frente a frente seria estranho. É mesmo você? Qual sua característica especial que me faz idolatrá-lo? Por que não realizou aquele pedido? E agora, como devo agir?"
A distância facilita o desenvolvimento de sentimentos platônicos, e a perfeição daqueles a quem dedicamos esses sentimentos. Errado? Talvez. Injusto? Nem tanto. Passageiro? Normalmente. Mas, nada impede esse sentimento de evoluir, tornar-se real, presencial e até - por que não? - duradouro. Eu acredito nessa evolução por acreditar no amor.

sábado, 6 de junho de 2009

Faltam 6 dias...

"Pensando em ti por mais uma vez, pude entender porque sou feliz...", na infância cantava essa música junto a Angélica e sonhava com quem viria a ser esse destinatário. Será que ele chegou?
Hoje vou usar o blog como uma espécie de diário, ando muito feliz, apesar de um problema de doença na família. No colégio recebi notas muito positivas, estou contente demais com minha experiência de vendas, e estou apaixonadinha... Ah, o amor! Pode ser que logo eu perceba que não era nada disso, talvez como sugeriu minha melhor amiga ele já esteja se esforçando para eu desistir, mas por hoje quero lutar. Não só quero, estou lutando! Quero conquistar seu coração, assim como ele conquistou o meu.
Muitas vezes meus amigos me procuram quando estão tristes ou decepcionados com o amor. Sou uma amiga do tipo conselheira. Posso dizer várias coisas, diferentes dependendo da situação e do grau de amizade, mas no geral o que eu tento mostrar é a importância do amor. O amor nos move, é ele que nos faz acordar, sorrir, sonhar, lutar, festejar, socializar, dormir... Ainda que ele nos faça sofrer - se não correspondido -, é também ele que nos faz tão felizes. Amar é bom mesmo a nível psicológico, faz bem ao corpo e a mente só amar. Claro que viver esse amor é muito melhor, por isso lutamos tanto por ele. Minha dica de hoje é: PERMITA-SE! Permita-se ser feliz, em outras palavras: amar e ser amado(a).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Faltam 7 dias...

Uma semana para o dia dos namorados e centenas de brasileiros nem sabem o que pretendem dar. Não tenho pena deles, lamento pelas pessoas que como eu tentam ajudá-los e pensam com pesar: "que vontade de ter a quem presentear".
Se você entrar numa loja e se assustar com o valor do presente perfeito, pense como seria triste não ter seu amor. Gaste um pouco mais, escolha um presente legal, programe um encontro divertido, e agradeça pela companhia e amor desse alguém que lhe é tão querido!

Feliz dia dos namorados, e boas compras! haha

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Faltam 8 dias...

Presenteie quem você ama!
Compre na New Design Shop, no Cidade das Flores! haha Estou fazendo experiência lá! Beijinhoos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Faltam 9 dias...

Já podemos contar nos dedos das mãos quantos dias faltam, já perdemos a dezena, mas sei de muita gente que ainda não sabe que presente dar. Tudo bem todo aquele papo da importância comercial, de abuso da propaganda, mas se eu tivesse um namorado também iria querer presente, e estaria escolhendo algum.
A dica de hoje é dividida.

1 - Dica para os namorados (homens): Garotas ou mulheres adoram presentes, normalmente ficam felizes pela lembrança, por serem da cor ou do tipo que usam. Não quebre a cabeça pensando no que ela não tem ou precisa, mulheres só tem um par de pé e diversos pares de sapatos. Os presentes necessários deixem para que a mãe ou ela mesma compre, presente de namorado espera-se que seja algo romântico, que lembre alguma situação ou promova alguma.

2 - Dica para as namoradas (mulheres): Garotos ou homens adoram ganhar presente, apareça com um pacotinho e veja seus olhos brilharem, lembrem-se que eles normalmente se parecem demais com as crianças. Não se preocupe tanto em agradá-lo, compre algo útil, ou divertido, ou gostoso (pode até ser para o casal). E, assim como ele deverá, o mais importante é demonstrar que você tentou agradá-lo, ainda que a princípio ele não perceba (homens são mais lentos).

terça-feira, 2 de junho de 2009

Faltam 10 dias...

Números terminados em zero sempre me remetem a uma certa perfeição, parecem... Redondos?
Hoje quando liguei o computador para postar a primeira coisa que me veio a mente é quantos namoros já terminaram nas vésperas de Dias dos Namorados. Triste, né? Acredito que todo mundo já tenha ouvido ou vivido uma história assim... Deixemos a reflexão e façamos um pedido: Que os próximos 10 dias sejam de união!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Faltam 11 dias...

O que dizer? Faltam 11 dias!
O que fazer? Esperar!

Um poema para apaixonar ou envolver os já apaixonados...
(De minha autoria, ainda que numa época distante, provavelmente 2004)


A maior distância é a mais curta

"Sinto teu olhar distante
Nele tento me encontrar
Você é minha luz
Com tua escuridão

Meus sentimentos
Estão soltos no ar
Um simples olhar
Revela você

Observando o futuro
Procuro te encontrar
Num lugar qualquer
Em qualquer lugar."

domingo, 31 de maio de 2009

Faltam 12 dias...

Sou acostumada a escrever e depois, de ao menos alguns dias, publicar. Parece que se faz necessário uma segunda análise, se eu gostar do texto depois daquele sentimento e momento criativo passar é possível mais de uma pessoa gostar. Hoje farei diferente, por que não arriscar? Na vida às vezes é necessário arriscar!

Sentir você - Ana* Kita

Ontem amanheci ao seu lado. Não acordei: amanheci! Não acordei, porque era um sonho. Amanheci, porque as horas haviam passado e continuávamos juntos. Juntos? Estivemos tão distantes. Você estava logo ali, eu poderia tocá-lo, mas não o fiz. Sei que eu não podia. Eu sei a resposta óbvia, ainda assim gostaria de perguntar-lhe: Por quê?
Hoje estamos longe, eu me sinto perto, não paro de pensar em você. Contudo, você deve estar completamente distante! Divertindo-se, esquecendo-me... Eu disse que não queria ir hoje ao seu encontro, na verdade menti por bom senso. Sabia que havia motivos que me impediam, mas minha vontade era imensa. Vontade de me mostrar presente, de que meus sentidos (exceto o real tato, e obviamente o paladar) o pudessem sentir, e muita vontade do recíproco: de sentir seus olhos em mim, de que ouça o que eu disser, que sinta meu perfume, e com sorte, que eu possa sentir seu carinho (ainda que mental).
Em outro momento sei que nos veremos, com sorte poderemos nos sentir, até mais do que já fizemos. Só gostaria que você entendesse que o que mais desejo não se trata desses sentidos tão estudados. Desejo que você também sinta, não só a mim, mas todo esse sentimento que o dedico. Se for para ser, talvez você o retribua.

sábado, 30 de maio de 2009

Faltam 13 dias...

Eu diria que não estou num clima romântico para escrever sobre o Dia dos Namorados, então serei breve. Escrevo dicas de conquista, acho que comigo funcionariam...

1- Seja honesto (consigo e com ela, sem mentiras).
2- Dê a devida importância a essa conquista (em outras palavras não atire para todos os lados).
3- Só mostre todo o interesse se pensar num futuro ao seu lado, conquistas para coisas rápidas não devem ser de promessas ou palavras profundas.
4- Presenteie! Não quero falar em consumismo, é interessante surpresas, às vezes uma água numa festa, a entrada do cinema, ou um chocolate num encontro, presentinhos caiem tão preciosos quanto diamantes, é uma forma de gentileza (não importa o valor).
5- Mostre-se presente! Não seja grudento, nem demonstre ciúmes se ainda não estiverem num relacionamento certo, mas mostre-se disponível, ligue, converse pela internet, pergunte sobre as coisas que ela tem feito ou de que ela gosta.
6- Divirtam-se! Um relacionamento não pode começar com "podas", dê espaço, mas também saiam juntos para curtir com os amigos.
7- Não espere muito do futuro, ainda assim fale sobre ele. Sei que parece confuso, mas acho legal pensar em coisas para semanas depois, sem que fique certo, nem promessas de namoros duradouros.
8- Acredite em você! Garotas não gostam de presunçosos, mas certa confiança é admirável.

Teriam muitas outras dicas, mas essas bastam por hoje.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Faltam 14 dias...

Hoje vou postar uma música que achei no Vagalume, desconheço a banda e o estilo musical, mas gostei da letra...

Dia Dos Namorados - Pura Juventude
Compositor: Kiko Rodrigo

No dia dos namorados
Eu vou lhe dar um buquê
Vou lhe dar muito carinho
Vou lhe dar muito prazer
Vou lhe dar muita alegria
Vou me entregar pra você
Você é na minha vida
A luz do amanhecer

Eu tenho uma lagoa
Que é pra você se banhar
São Jorge me deu a lua
Disse pra eu lhe entregar
No dia dos namorados
A noite é só pra amar

Tudo que tenho querida
É um coração encantado
Por esse teus lindos olhos
Esse seu jeito mimado
Darei tudo nessa vida
Só pra ficar ao teu lado

Ai-ai-ai a noite está tão bonita
Ai-ai-ai o céu está estrelado
Ai-ai-ai estou ardendo em desejo
Eu vou lhe dar um beijo
No dia dos namorados

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Faltam 15 dias...

Duas semanas para mais uma sexta-feira comum! --'
"As lojas já mentem, porque vou mentir? Não tem nada de especial, estou mais para comemorar o dia 13 e pedir um marido a Santo Antônio. A previsão é que chova, estará frio, terei sono, vou trabalhar e dormir mais cedo. Pra que companhia melhor que meu edredom? Já estou grandinha demais para sonhar com dias perfeitos, príncipes encantados, ou presentes vindos do Papai Noel. Prefiro aumento de salário, um companheiro para dividir as contas, e um jantar agradável.
Não diga que eu perdi a sensibilidade, não diga que está feliz por eu não ter filhos, não diga que se eu continuar com esses pensamentos nunca vou achar alguém, não diga que nós construímos nosso destino, muito menos diga que pensamentos atraem. Para que saiba que não sou tão insensível, até ajudei uma garota do meu trabalho a escolher o perfume para o namorado. Para que saiba que eu seria uma boa mãe, saiba que meu sobrinho me adora, e que eu sempre penso todas as atitudes que eu mudaria para bem educar meus descendentes. Para que saiba que eu posso arranjar alguém ontem recebi uma ligação de um antigo flerte, ele queria sair comigo, mas eu disse que estaria ocupada nesse final de semana (ocupada com os lamentos só se for). Para que saiba que não sou culpada pelo meu destino, se entrei nessa rua da amargura foi porque o grande amor da minha vida trocou a mim por uma paulista sem metade do meu corpão. E para que, finalmente, entendam que meus pensamentos não atraem, desejei por toda minha vida sentir-me jovem o bastante para sempre conquistar, e um dia conquistar aquele com quem envelheceria. Eis-me aqui, sentindo-me velha e sozinha!"

Não permita que a opinião dos outros atrapalhem sua vida, viva através de seus propósitos, contudo não deixe de aprender também com as quedas dos demais. Sempre temos que aprender, se pudermos sofrer na menor parte de nossos aprendizados nos consideraremos mais felizes!
Ana Kita*

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Faltam 16 dias...

Antes de qualquer comentário romântico sou obrigada a demonstrar minha insatisfação quanto a movimentação desse blog. Por favor, comentem! Tenho me empenhado ao máximo para variar as postagens e fazê-las diariamente. Por favor, deixe um comentário nem que seja um "oi" ou uma carinha feliz.

Sobre comentário romântico estou com uma sensação inexplicável, talvez seja a "fixação" pelo dia dos namorados (como alguns amigos me julgaram), mas estou num espírito aventureiro e sentindo-me viciada por um amigo... Por esses motivos achei oportuno um texto de minha autoria intitulado: Vício do amor. Por favor, não me julguem é apenas uma criação das várias que faço.

Vício do amor

Ensaiei o que dizer, planejei palavra por palavra, pontuei até as respirações para que ele pudesse refletir o que eu diria. Diria. Apenas diria. Esperei por quase uma hora. Ele avisou que se atrasaria um pouco tarde, eu já estava chegando. Por sorte tinha um livro na bolsa, li vários capítulos. Quando ele finalmente chegou não pude dizer nada daquilo. Entrei no seu olhar, vi seus lábios, toquei suas mãos, admirei sua roupa, senti seu perfume, ouvi suas palavras... Toda minha tristeza, alguma raiva que estivesse guardada, qualquer angústia, tudo se tornara pequeno demais, insignificante.
Talvez fosse seu dom, talvez fosse fraqueza minha. Eu o odiava e o amava por todo esse poder de me fazer perdoá-lo, de me tranquilizar, de me deixar bem, de me fazer sorrir, de me trazer felicidade. Voltei pra casa e fiquei pensando nisso, onde estava esse seu poder? Incrivelmente todo aquele bem estar, assim como chegou, se foi. Eu não estava tão triste, tão angustiada ou irritada, mas já não me sentia tão feliz. Podia comparar a presença dele a uma droga alucinógena. E é esse o meu medo! Estou me viciando? Quais seus malefícios? Por que não fazem "Globo Repórter" sobre o vício de amar? Cadê as clínicas de recuperação? Eu reconheço meu vício... Mas, não sei se quero me curar. Enquanto ele também me quiser vou continuar usuária. Desculpem se os decepciono. Sou uma viciada, sozinha não posso me curar.
Ele me ligou essa semana, saímos de novo, dessa vez ele foi pontual. Novamente usou do seu poder, e acabou dizendo (não com essas palavras) que eu também possuía esse poder. Ele não pode ter noção do quanto me fez feliz, dessa vez uma felicidade mais duradoura. Até custou a mim dormir, fiquei lembrando de suas palavras. Não preciso falar mais nada, se ambos estão viciados não tenho mais medo. Só existem loucos se houver os sãos.

Joinville, 12 de maio de 2009.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Faltam 17 dias...

Mais uma cartinha de uma namorada apaixonada... Ou melhor...

Carta da futura namorada

Eu estava desejando um namorando tanto quanto o ar num afogamento. Eu queria alguém para estar comigo. Alguém que me ligasse, alguém para quem eu fosse importante, alguém que me contasse histórias e que ouvisse as minhas, alguém que me beijasse, alguém que me aquecesse, alguém que me protegesse, alguém que risse das minhas piadas sem graça, alguém que elogiasse minha voz desafinada, alguém que fosse comigo ao cinema, alguém que criasse programas estranhos, alguém que reparasse na minha roupa nova, alguém que me surpreendesse, alguém que me dissesse sobre o amor, alguém que me mostrasse o amor, alguém que me amasse. Foi então que encontrei você.
Você prometeu que ligaria e não ligou. Você disse que não podia sair porque tinha algo importante a fazer. Você não me contou sobre o último namoro quando perguntei e não ouviu a história do meu peixinho que morreu. Você não tentou me beijar no primeiro momento. Você me viu tremendo de frio e não me ofereceu a jaqueta. Você estava do lado quando o seu amigo tirou com a minha cara e você não disse nada. Você ouviu minha piada e disse que não tinha graça. Você disse que eu canto mal. Você não quis assistir ao filme que eu sugeri. Pedi que você escolhesse um programa e você confessou não ter ideias. Você não notou meu vestido novo. Você não me falou sobre o amor...
Mas, você me surpreendeu. Você me mostrou o amor. Você me amou. E de repente, ou devagar, já que você ficou me enrolando, eu descobri que o cara nada conquistador tinha conquistado meu coração. Então eu percebi que eu não precisava de um namorado, já que você temia a esse título. Eu percebi que eu queria alguém de verdade ao meu lado. Alguém que vai ler essa carta e não vai se emocionar, no máximo vai sorrir, vai me dar um beijo e agradecer. Alguém cheio de defeitos, alguém ocupado, alguém esquecido, alguém que vai se passar por insensível. Mas, esse alguém vai sentir amor por mim e vai despertar o meu amor por ele. Então, quando finalmente ele deixar de temer, eu vou saber o que é um namorado de verdade, enquanto, e depois disso, vamos nos amar.

Joinville, 21 de maio de 2009.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Faltam 18 dias...

Hoje não quero ser informativa, não quero textos prontos, quero falar o que penso... Leia quem quiser, ou suportar. Não comente se não tiver honestidade, nem seja rude se não gostar. A opinião dos outros cabe aos outros, e a seguir virá a minha.
Dia dos namorados! Um dia com que várias vezes sonhei, imaginei-me ao lado de alguém de que gostasse muito, e principalmente que gostasse muito de mim fazendo alguma coisa fora do mundo, sentindo-me acima das nuvens. Dia dos namorados! Um dia não para presentear, mas para demonstrar. Demonstrar a imensidade do sentimento que os une, o esplendor da importância de um para o outro, e a capacidade de esquecer as coisas pequenas por esse sentimento muito maior, esse sentimento de felicidade.
Dia dos namorados! Dia escolhido por comerciantes, e aceito por nós, os românticos. Podemos aumentar drasticamente as vendas, mas não gastamos tanto assim (individualmente). Gastamos um pedaço de tempo, uma parcela de criatividade, um pouco de dinheiro... Mas, ganhamos tanto que aparece um saldo super positivo. Ganhamos carinhos, elogios, sorrisos, a satisfação daqueles que amamos, palavras poéticas, um dia especial, e até um presente. Pode se querer mais? Dia dos namorados! Um dia satisfatório para aqueles que têm seu amor correspondido. Dia dos namorados! Um dia almejado e idealizado pelos românticos solteiros.

Ana* Kita

domingo, 24 de maio de 2009

Faltam 19 dias...

Menos de três semanas para o dia dos namorados e eu preocupada que ainda não sei o que vou dar! (Não!) Tão difícil escolher presente, o que será que vou ganhar? (Não, nada!) Por enquanto fiz essa carta para meu amado (não), inspirada no filme "10 coisas que eu odeio em você", por sinal uma boa indicação de filme romântico e divertido.
Espero que tenham entendido os parênteses, seriam irônias ou uma outra personagem, e não eu, Ana Kita, a escritora do blog. Divirtam-se com mais uma carta.

Carta da namorada irritada

Eu deveria estar escrevendo sobre o amor, mas hoje não nos vimos, ontem nos falamos rápido, e amanhã você estará ocupado, por isso optei por dizer o que me irrita, como naquele filme que você não pode assistir comigo.
Eu me irrito quando você não me liga, eu me irrito quando eu ligo e você não tem nada a dizer. Eu me irrito quando temos que desmarcar um encontro, e eu me irrito mais ainda quando deixamos de marcar pelos seus compromissos. Eu me irrito quando você fala demais e não me ouve, mas me irrito tanto quando eu falo e você não responde. Eu me irrito quando me arrumo e você não repara, mas me irrito quando não me arrumo e você elogia. Eu me irrito quando você está comigo e fica olhando para o nada, mas eu me irrito quando você fica me olhando demais, sei que também me irrito quando você olha para outras ou quando eu digo de alguém que você não olhou. Eu me irrito quando você não me dá carinho, e eu me irrito quando consegue meu perdão só o dando. Eu me irrito quando você briga comigo, e eu me irrito ainda mais quando você fica brabo por eu brigar. Eu me irrito quando você fica longe, e eu me irrito se não me dá espaço. Eu me irrito quando você sai com seus amigos e não avisa, e eu me irrito quando eu saio com minhas amigas e você pede que eu avise. Eu me irrito quando você não se arruma para sair comigo, e eu me irrito pensando no motivo quando se arruma muito. Eu me irrito quando você esquece alguma data, mas eu me irrito se você faz tudo certo. Eu me irrito por você me amar mesmo quando estou irritada, e eu me irrito por você fazer a irritação passar. Eu me irrito se você não me der motivos para me irritar, porque vive me dando motivos para eu o amar.
E às vezes eu me irrito justamente por não me irritar.

Joinville, 21 de maio de 2009.

sábado, 23 de maio de 2009

Faltam 20 dias...

Um pouco de romantismo... Uma carta de meu futuro livro de cartas... Para inspirar os apaixonados...

Carta da nAMORada

Existem namorados que se chamam por apelidinhos infantis, existem namorados que se chamam pelo nome ou apelido nominal, e existem namorados que simplesmente se chamam de: amor.
Amor, eu lhe chamo assim não por costume, mas porque eu o amo. Eu amo o jeito que você fala, amo sua fala. Eu amo o jeito que você sorri, e amo seu sorriso. Amo o jeito que você me olha, e amo seu olhar. Amo o jeito que me abraça, e amo seu abraço. Eu simplesmente amo o jeito que você anda, e amo não de forma simples quando você anda até mim. Eu amo sua cara sono, amo ver você dormindo, amo quando você me acorda com um beijo, e amo acordá-lo. Amo que você durma bem comigo, e amo quando você decide não dormir. Amo quando me perdoa, mas também amo quando fica brabo. Amo quando tem algo sério para me falar, e amo quando fala bobagem por falta do que dizer. Amo quando você permanece em silêncio, ou quando bebe e fala demais. Amo quando me liga e amo ao esperar sua ligação. Amo quando deixa tudo para estar comigo, e amo quando tenta justificar os momentos que não podemos estar juntos. Eu o amo em nossas lembranças, eu o amo em nossos momentos, e eu o amo em nossos planos.
Amor, não vou dizer que me apaixonei a primeira vista, não vou dizer que depois do primeiro beijo eu sabia que viria mais, não vou dizer que se tirei sua mão foi que para que você tentasse de novo, não vou dizer que tive medo de você não gostar tanto de mim quanto eu de você, nem mesmo vou dizer que sonho com o nosso casamento. Amor, não vou dizer o que todo mundo diz, não vou dizer o que você não gostará de ler. Amor, prefiro dizer simplesmente que eu o amo. Entenda como queira, mas me queira.

Joinville, 21 de março de 2009.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A história que motiva faltar 21 dias...

A origem histórica mais aceita para o dia dos namorados, nos EUA "Valentine`s Day", vem da Roma Antiga, por volta do século III. A história conta que o imperador Cláudio II proibiu o casamento com o intuito de formar um forte exército, considerando que os jovens casados não queriam guerrear. No entanto, o padre Valentim desafiou a ordem do imperador continuando a realizar os casamentos em segredo. Descoberto a transgressão o padre foi condenado a morte. Enquanto esteve preso aguardando o cumprimento da sentença apaixonou-se pela filha cega de seu carcereiro, que por milagre voltou a ver. O padre foi executado em 14 de fevereiro, data essa em que se comemora o dia dos namorados nos países do norte.
O padre, hoje considerado santo pela Igreja Católica, deixou uma carta de despedida a amada. Provavelmente a carta inspiradora dessa troca de cartões e presentes da contemporaneidade.
Infelizmente como muitas histórias, no Brasil houve uma desvirtuação. Acredita-se que a ideia tenha sido trazida pelo publicitário João Dória. O mês de junho pode ter sido escolhido por ser um mês de vendas baixas. E o dia por anteceder o dia de Santo Antônio, considerado santo casamenteiro. O certo é que hoje a importância é comercial, sendo considerada uma das datas de maior venda em todo o mundo (alguns citam até que só perde para o dia das mães, outros que perde para o Natal também).
Fica meu conselho de comemorar de uma maneira criativa, e não consumista! Ana* Kita

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Faltam 22 dias...

Meu objetivo é postar todos os dias até o tão esperado (pelos comerciantes ou comprometidos): Dia dos Namorados!
Hoje meu intuito não é nada histórico ou comprovado, apenas pensamentos de uma garota, ainda romântica, que nunca namorou. Não é absurdo? Nossas ruas, nossos intervalos comerciais, todas as lojas, simplesmente se unem para violentamente assustar nossa visão e audição. Somos entupidos de corações, beijos e poemas. Alguém de vocês pediu? Alguém por aqui permitiu? Se os indivíduos tão importantes para essa época, namorados, querem se presentear, fazer programas diferentes, fazer o que for, não tenho nada a ver com isso, não tenho nada a achar. Mas, eu não quero ser invadida com a propaganda exclusivamente para eles.
Essa pressão de que se deve presentear é injusta! Primeiramente injusta com os solteiros que teoricamente não têm a quem presentear. Posteriormente injusta com os próprios namorados que ficam quase obrigados a desenbolsar uma boa grana, a usar da sua criatividade e surpreender seu(sua) amado(a). Ainda posso citar a injustiça com aqueles "ficantes", enfim casais que não usam o título de namoro para não dar tanta seriedade a sua relação, para eles resta aquela dúvida: Será que eu devo presentear?
Nas próximas postagens vou falar mais claramente sobre os benefícios comerciais dessa data, mas por hoje eu deixo meu apelo: Se você namora não deixe de demonstrar seu amor, de presentear seu parceiro em todos os outros dias, quer fazer algo diferente no dia 12? Sem problemas, mas não esqueça que existem muitos 13, 14... Se você não namora não deixe de se divertir no dia 12 ou em todos os outros por essa ridícula pressão.
"Ame como se não houvesse amanhã, sonhe como se houvesse muitos amanhãs, e viva sem se preocupar com a possibilidade do amanhã" Ana* Kita

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Poema: Eu sou amor

Eu sou só os lábios
Que você beijará,
Eu sou só os olhos
Que você emocionará,
Eu sou só os defeitos
Que você perdoará,
Eu sou só as virtudes
Que você admirará.

Eu sou só o coração
Que você machucará,
Eu sou só o corpo
Que você desejará,
Eu sou só a mulher
Que você sempre amará.

Eu sou só o olhar
Que o admirará,
Eu sou só o sorriso
Que o conquistará,
Eu sou só o sexo
Que o excitará,
Eu sou só o abraço
Que o abrigará.

Eu sou só o coração
Que de você se curará,
Eu sou só o corpo
Que o desejará,
Eu sou só a mulher
Que sempre o amará.

Ana Paula Kinas Tavares

domingo, 10 de maio de 2009

Nosso filme - Ana Kita

Hoje parei para pensar, fiquei olhando a parede branca, e como num cinema, vi uma projeção. Logo percebi que eu já conhecia esse filme, e que uma das personagens se parecia comigo. O outro personagem despertou em mim um carinho e uma saudade que achei que eu já não possuía. Sim, eu estava revendo o dia que conheci meu grande amor. Aquele com quem aprendi tantas coisas, com quem dividi tantas contas, sorrisos, lágrimas, medos e alegrias. Nem faz tanto tempo, mas vendo tão nitidamente esse começo, vejo muitas diferenças entre eles e nós.
Se eu fosse diretora desse filme faria algumas mudanças, alguns cenários poderiam ser mais bonitos, alguns figurantes poderiam ser retirados, algumas cenas poderiam ter maior duração. 
  Se eu fosse a roteirista mudaria algumas falas do protagonista, pediria que ele sorrisse mais, colocaria mais abraços e retiraria algumas brigas. Se eu fosse a figurinista pediria algumas roupas mais modernas à atriz e deixaria menos amassadas ou repetidas as roupas do ator principal. Se eu fosse responsável pela iluminação eu colocaria mais luzes de efeito para salientar o clima romântico. Se eu fizesse a sonorização daria música a todas as cenas, sem exceções. E se eu pudesse falar com os atores pediria que eles não desistissem de atuar, que o filme me emociona, mas que não devia acabar. Os créditos não precisam aparecem, pois quando aparecem me lembram epitáfios e lápides. Não. No amor, o fim não é preciso.

Outono, 2009.

-> Revisão em 4 de julho de 2010.

domingo, 26 de abril de 2009

A planta do amor - Ana* Kita

A planta do amor

Teoricamente sempre soubemos que o amor é feito por ambos os envolvidos. Um dia nos deparamos com a surpresa de que ele pode chegar para apenas uma das pessoas. A dor nos faz evoluir, e mesmo sem amor relacionamentos podem existir. Ainda assim, não nos sentimos completos sem ver no olhar do outro o brilho que reluz em nós. Como entender o crescimento dessa planta se o outro não quer regá-la? Normalmente, ele a rega, ainda sem querer, ainda sem propósito, e cabe a nós cuidá-la. Num momento a água seca, mas ela tenta sobreviver. É necessário muito tempo, ou o aparecimento de outras plantinhas para que aquela finalmente desapareça. Não acredito na sua total extinção é como se ela deixasse uma semente ou raiz adormecida. Qualquer gota pode acordá-la, mas o tempo a enfraquece.

Joinville, 26 de abril de 2009.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sobe-se degraus - Ana* Kita

Ouço passos na escada, um pequeno salto, provavelmente. Fico a imaginar quem poderia subi-la quase às onze da noite. Desisto, são tantas as possibilidades. Deixo de ouvi-los por um instante. Imagino a pessoa acendendo a luz do corredor, talvez pegando fôlego, poderia também arrumar o sapato. Os passos continuam, cada vez mais próximos, e logo mais distantes. Subira mais? Já estamos no quinto andar, quem subiria mais? As possibilidades diminuem. Idosos, gestantes, obesos e sedentários são hipóteses quase anuláveis. Também os passos são contínuos, provavelmente alguém acostumado a subi-los. Mas o porquê daquela parada? Uma hesitação talvez? Quem subiria até o quarto andar e desistiria? Tolice. Já não os ouço, teria parado ou a distância será grande demais? Penso em ir ao corredor, por que não descobrir? Todas minhas dúvidas poderiam ser esclarecidas, seriam alguns passos, esses meus.
Caio em mim, e talvez por isso mesmo tenha finalmente aberto meus olhos.

Joinville, 26 de julho de 2008.

domingo, 29 de março de 2009

Afago reprimido - Ana Kita

Aproximei-me passo por passo, lenta e silenciosamente. O que eu realmente temia? Aquela casa, aqueles móveis, até o cheiro era o mesmo. Acho que a maioria das pessoas guarda boas lembranças da infância, muitos ficariam felizes por ver suas coisas de criança. Olhei seus olhos, fechados, mas não tive coragem de falar a princípio. O que podia me responder? Quando comecei a falar minha voz saiu trêmula. Esperei tanto por esse momento. De repente nada mais fazia sentido.
Por que reclamar das vezes que me proibiu de sair? Eu agora possuo toda a liberdade. Por que me desculpar das vezes que não lhe desejei feliz Natal? São só marcas do passado. Por que explicar meus motivos de sair de casa? Já faz tanto tempo, penso diferente hoje. Por que contar aonde eu ia quando fugia? Eu agora estou aqui, estou segura, não há com que se preocupar. Por que desmentir as grosserias que eu disse? Tanto a minha quanto a sua raiva já passaram. Por que avisar dos meus planos? Nunca fez diferença, sempre fui vista como a rebelde. Por que lembrar da falta que me fez? Não tem como voltar, passou. Ambos sofremos e nada fizemos para que fosse diferente. Pai, olha pra mim! Eu agora quero os seus conselhos, pode dizer o que o senhor não gosta, não prometo nada, mas estou com saudades da sua voz. Pai, sempre esperei que o senhor me dissesse o que fazer, mas o senhor não disse. Fala agora, ao menos fala se tem orgulho de mim.
Mesmo quando eu fiz tudo errado, mesmo quando o senhor me repreendeu com o olhar, eu tentei acertar. Toda vez que eu tive dúvida foi no senhor que eu pensei. O que meu pai faria? Se falasse comigo, o que diria? Queria ter sido perfeita, perfeita pro senhor. Nunca demonstrei o quanto o idolatro, a importância que o senhor tem na minha vida, mas eu estou aqui, pai. Eu voltei, voltei para o seu lado, onde eu sempre quis estar.
Minhas lágrimas brotavam, molhando suas mãos. Enrugadas e frias já não podiam me dar carinho. Nunca haviam me dado. Por muito tempo estiveram sobre a mesa ao lado das minhas, segurando xícaras ou jornais, ocupadas demais para um afeto, uma atenção. Um dia abriram a porta da casa para que eu fosse embora e não voltasse. Hoje, quando finalmente eu retorno, não puderam abrir aquela mesma porta, talvez por isso eu as desejasse tanto, queria que me dessem seu aval. Logo mais, elas se cruzariam e nunca mais seriam vistas.

Outono, 2009.

-> Revisado em 4 de julho de 2010.

sábado, 28 de março de 2009

Tempo Perdido - Ana Kita

"Eu lhe vejo como uma menina", ele me disse. Pois bem, o que ele esperava que eu fosse? Qual aparência queria que eu tivesse? Quando ele passar dos quarenta sei que desejará menininhas, e elas não o vão querer. 
Hoje lhe contei sobre meus sentimentos, enquanto me olhava distante. Pediu que eu aproveitasse a juventude com as pessoas da minha idade. Não sou uma boneca, posso sentir! Eu o olhava nos olhos e ele fugia, segurou minhas mãos, beijou-as e desejou-me boa sorte. Falou tanto no meu futuro, como se eu não tivesse presente. Como se eu, uma lagarta num casulo, devesse esperar a fase adulta.
Não sou de vidro, pode me tocar! Tentei me controlar ao máximo, mas não contive minhas revoltas. Ele foi injusto e insensível. Teve a ousadia de me dizer que podia me machucar, tentei argumentar, afinal eu o desejo, mas foi em vão. Ele estava irredutível falando sempre em culpa, em medo, em eu me arrepender. Queria que ele se arrependesse de ser tão duro. Não sou criança, faço minhas escolhas! Ele conseguiu me calar quando riu, foi sarcástico. Disse-me que eu não sabia o que fazia, que eu não podia querer o que eu não conhecia. Odeio essa posição de superior, ele podia ser tão experiente quanto meu avô que ainda não teria o direito dessa prepotência.
Não sou de gelo, pode me amar! Eu podia ter falado por horas, ele não ouviu nada. Quando eu dei uma trégua, ele começou a repetir. Ainda acrescentou que seria egoísmo estar comigo, pois estaria me privando de experiências juvenis, assim como seria errado me enganar. Não sou uma parede, eu ouço, eu falo! Gritei com ele. Agora que a raiva passou me arrependo, mas ele parecia não me ouvir. Falava, falava e falava. No entanto, tudo que eu dizia não o tocava. Não esperava mudar sua opinião, seu "caráter", como ele se referiu, só queria que ele me entendesse. Desejava que ele se compadecesse e repensasse sua postura. Não consegui.
Amanhã ele deve falar comigo como se nada tivesse acontecido, talvez me pergunte se estou mais calma. Desisti de tentar convencê-lo ou pelo menos fazê-lo ouvir. Acho que é um defeito masculino essa falta de visão global. É tão difícil ver uma situação por ambos os lados? Enquanto ele teme se envolver com uma menina, eu preciso lidar com o afastamento do meu melhor amigo e a rejeição do homem que desejo. Fiquemos assim, finjamos que nada foi dito e continuemos amigos, claro, mais distantes, o tempo não volta.
 

Outono, 2009.

-> Revisado em 4 de julho de 2010.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Uma viagem de incertezas - Ana Kita

 Primavera, 2008.

Segurou meu braço e me pediu que ficasse. Eu já não podia. Ele não podia entender o que passava dentro de mim, e nem eu esperava que o fizesse. É tão estranho, passamos anos ao lado de uma pessoa, e de repente não sobrou nada. Nada. Dirigi-me à porta e só, dentro de mim não restou qualquer sentimento. Era como se tudo estivesse guardado num lugar difícil demais para encontrar.
Confesso que seus olhos mexeram comigo, foi como no início. Eu não consigo acreditar que alguém pode amar profundamente alguém que não sinta nada. Por isso, pensei que eu não podia desprezar profundamente alguém que demonstrava tanto amor. Logo caí em mim. Ele não me amava. Amava a casa, o lar que formamos, a rotina, o café pronto, as noites de prazer, as noites de conchinha. E eu também não desprezava tudo isso. Eu desprezava sua traição, seu descaso, seu machismo, seu conformismo, seus minutos para discutir, seus minutos para conquistar.
Chegando ao portão, olhei para trás. Vi a casa, mas enxerguei o mundo que conquistamos. 15 de agosto de 2001 às 5h30 da manhã entramos pela vez em nossa casa, eu, Nicole Pereira Fernandes, e meu marido, Douglas Fernandes. Alguns móveis ainda não haviam chegado, mas para um jovem casal isso pouco importou. Recusei-me a entrar no ritual de ser carregada. Douglas não se importou. Pedimos pizza de calabresa e camarão para estrearmos o novo endereço. Tudo parecia um sonho, minha casa, meu marido, meus vizinhos. Minha vida. Eu me sentia livre, como nunca. E nunca mais sentiria.

Era engraçado, ríamos sozinhos.Sentíamos num sonho, num sonho compartilhado. E assim passamos meses. Fiquei grávida. Que alegria imensa. Teríamos agora a comprovação da realidade, deixaria de ser um sonho, agora teria linearidade. Ficaria pra história Não aconteceu. Tive um aborto prematuro. Foi difícil, ele me olhava, nós nos olhávamos, e nenhum dos dois sabia que consolo dar. O que se diz?. Doeu, e passou. Bom dia, beijo. Boa noite, beijo. Bom dia, pressa. E entramos na rotina.
Cinco anos depois, mais um dia amanheceu e olhando o céu vi uma nuvem. Ela não me disse nada, nuvens não falam. No entanto, eu ouvi. Eu ouvi uma voz me dizer: O que faz aqui? Olhei o quarto, fui ao banheiro, era minha casa, onde eu deveria estar? Não era lógico estar ali? Não. Eu achei que não. Olhei o reflexo no espelho, mas não me encontrei. Eu era a imagem irreal do que tinha sido. Eu era uma esposa, uma jornalista frustrada, uma escrava de sonhos que não se realizaram e, não estavam sendo buscados.
Ouvi a porta bater e gritei da janela que esperasse. Assim, de pijamas, com o rosto amassado, disse ao Douglas que eu não queria mais. Que não devíamos ignorar, que devíamos seguir outra estrada, que aquela - não soube precisar há quanto tempo - havia acabado. Ele me olhou com os olhos úmidos, abraçou-me e disse: "Eu esperava que nós encontrássemos outra". Ele já sabia. Ele já tinha visto, por que não me havia dito? Fui eu que não ouvi? É possível, se eu não enxerguei, por que teria escutado? Não encontramos, e por isso hoje vejo o portão. Vi seu rosto na janela, como nas fotos, Leoni tinha razão, parece um dublê. Eu sabia que não tinha aonde ir, não se procura uma estrada alternativa quando a viagem é óbvia. Mas, estava na hora. O posto para informações seria a casa da minha irmã, ainda que houvesse as crianças para brincar quando tudo que se quer é fechar os olhos, podemos usar o toalete, comer, e reabastecer. A viagem nunca termina. Hora de partir, todo fim é um começo.


-> Revisado em 2 de julho.