sábado, 15 de dezembro de 2012

Todo fim é um começo

        Eu sei, é clichê. Mas também os clichês são fases e costumam terminar e recomeçar. Nem por ser clichê deixa de ser verdade. Olhe ao seu redor! A semente deixa de existir pra vir a planta; a primavera termina pra ser verão; deixa-se de estar gestante para apaixonar-se pelo bebê; acaba o relacionamento para ter liberdade de solteiro novamente; morre o corpo e vem... Aí depende do que você acredita, mas mesmo as opiniões se modificam. E o que é se modificar? Senão o término de uma fase para o início de outra? Não é preciso anular tudo que foi construído e conquistado - o que é verdadeiro deixa raízes -, mas o novo surge, o velho é renovado. Até o que é perpetuado precisa de inovação, nem que seja a forma de ver, quem vê, quando.
        O tempo é o maior apostador deste clichê, confia tão cegamente que vai como uma bala perdida: certeiro; embora não saiba pra onde. Vou além, é preciso saber o destino? Gosto do caminho. No percurso estão todos que me acompanham, todas as pedras a superar, os pódios a subir, as armadilhas a desviar, e por fim, mas não menos importante, as fases a serem concluídas. A visão pessimista termina por aqui, não permite vislumbrar os lindos raios do sol das 5h, quando você prometeu chegar antes das 3h da madrugada. Eu procuro o além, digo que 2013 chegará e que guarda realizações maravilhosas se assim desejar, digo que a obra terminará, que crianças, flores e animais nascerão. Não são as finalizações determinantes da vida, mas os começos.

Ana Kita

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