domingo, 8 de dezembro de 2013

Meu pintinho

Eu o vi sorrir só por avistá-la, presenciei – sem nada poder fazer – os dois partindo felizes, sabendo que voltariam após dois dias. Que difícil é se apegar a um aluno e não se ver como mãe. Meus filhos serão assim? Por favor, que não sejam como Bartolomeu, que visivelmente é mais apegado ao pai. Quero sim um chulé!
Já me vejo limpando suas lágrimas pela minha ausência; oh, pecado, vem cá, cheirinho da mamãe!
Há quem me critique, hipócritas! Como não se envolver? Como ignorar que aquele serzinho lindo fazia parte da gente? Todo aquele blá blá blá de criar para o mundo só serve até que o filho seja seu, depois disso cai por água toda pedagogia e nos tornamos apenas: manhêêê! Quero meu filho para o mundo depois dos vinte, antes – e, no fundo, até depois – buscando sempre minhas asas. Pode me chamar de galinha! (Eu já tive uma e não era boa mãe, prefiro ser protetora e demonstrar amor, a deixar meus pintinhos abandonados.)

Ana Kita

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