segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Carta ao pai 13: Sensações conhecidas e novas sensações

Joinville, 18 de outubro de 2010.

Pai,
há dias que qualquer paisagem ou leitura me remete a você, sexta foi uma canção, sábado um passo, domingo um pai andando com a filha, hoje um texto. Acontece com frequência, algumas vezes dói, em outras sinto uma plenitude, aquela conhecida sensação de que você estará sempre comigo.
Tenho vivido muita coisa, sensações nunca antes imaginadas, amizades nunca desenvolvidas, intimidade nunca sentida. Embora, eu quisesse compartilhar contigo de uma outra forma, escrevo-lhe para tirar de mim, para quem sabe me sentir em contato contigo. Ah, pai, eu tento sempre ser forte, e muitas vezes fico orgulhosa de mim, mas nem por isso as lágrimas não insistem em cair ou não me sinta obrigada a abraçar forte um travesseiro. Tenho aprendido também muita coisa, de como lidar com as crianças, passando por salsa até "direção defensiva". Isto é, meu estágio na escola infantil e ensino fundamental vai muito rico em experiências (ganhei até um presentinho de Dia do Professor, além de muitos abraços), as aulas de dança de salão continuam me instigando e divertindo demais, e as aulas teóricas para tirar a Carteira Nacional de Habilitação me surpreenderam.

Escrevo-lhe mais, logo mais.
De todo coração,
sua primogênita, Ana.

2 comentários:

  1. Acredito que de onde o seu pai estiver, ele estará feliz e orgulhoso por ter uma filha tão carinhosa e talentosa.Diria também que ele ficaria emociondo depois de ler esse texto, alias quem não ficaria?!
    Beijos, Helenna M.

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  2. Muito obrigada, Helenna! >.<

    Beijos, beijos.
    Ana

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