segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nossa liberdade - Ana Kita

   As pessoas lutam por sua liberdade, eu sempre soube, eu também queria. Foi então que eu me apaixonei. É, foi assim, sem planejamento, sem preparação, sem nem perceber. De repente todo meu sonho de liberdade foi se camuflando em união. Liberdade passou a ser estar com ele, sentir-me protegida, amada. A mão dele segurando a minha, ou os braços me envolvendo passaram a ser as melhores formas de liberdade. Ouvir o pronome possessivo antes de um apelido carinhoso é meu sonho de liberdade. Sinto-me livre e completa quando vejo que ele está com ciúmes, quando teme que um desacordo possa nos separar, quando pede que eu fique mais um pouco. Eu continuo voando sozinha (vez ou outra), mas os melhores e mais marcantes vôos passaram a ser os a dois. Aliás, ainda quando voo sozinha, já não me sinto só, se sou dele sempre tenho um ninho para voltar.

Ana Kita

3 comentários:

  1. curioso, o texto. um amor traz liberdade ou não? no seu texto, liberdade possesssiva. ou posse libertária. :P Não sei, isso é uma coisa difícil. Bem difícil.

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  2. Ah... entendo. A liberdade aqui como conceito transcendente (já falei o quanto amo essa palavra?)... e vai além das concepções comuns... :)

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  3. É isso mesmo, meninos. O amor e suas incoerências, os conceitos e suas transcendências.
    Obrigada aos dois! ;)

    Beijos!
    Ana

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