quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Carta ao pai 21: Fim de ano e vida

Joinville, 29 de dezembro de 2011. 

   Pai, tenho escrito pouco, não só a você. É que tenho vivido. Pode parecer estranho, nem tenho feito meus passeios naturais ou caminhadas matinais, acontece que tenho me sentido plena, feliz, realizada. E de uma forma ou de outra, escrevo menos, seja por falta de tempo ou por falta de palavras. Hoje lhe escrevo pensando no ano que termina, no Natal que passou há pouco e no meu presente. Não, não estou pedindo presente, embora a compra do meu carro ainda esteja adiada e uma mulher sempre deseje muito. Acontece que minha vida hoje é muito feliz, talvez nunca tenha sido tanto. Não quero desdenhar minha infância, que provavelmente é a fase mais pura e alegre de todos nós. Quero dizer que você e minha mãe, e todos meus amigos e professores me trouxeram até aqui. Permitiram que eu sonhasse, caísse, levantasse, acreditasse e algumas vezes me desiludisse, enfim vivesse plenamente e sabiamente, possivelmente tudo isso para aprender a viver o meu presente, e o que virá. Sei que virá muito! Obrigada, pai. Sinto saudade, mas, com com certeza, ainda mais gratidão e amor. 


De todo coração,
sua primogênita,
Ana. 

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