sexta-feira, 30 de março de 2012

Infância, adolescência e adultez

       Hoje andando 15 minutos a algumas quadras da minha casa me senti como há muito tempo não me sentia: adolescente, isto é, não adulto! Sabe? Sem tanta responsabilidade, preocupação ou sempre com pressa. Foi só uma sensação, eu não tinha muito tempo e estava indo imprimir um trabalho da faculdade. Mas, foi tão bom. O vento do outono no fim da tarde me fez pensar naquele típico clichê "que saudade da minha infância, aquele sim que era um tempo bom". Não que eu acredite que seja a infância tão melhor assim, talvez nem seja a melhor fase das nossas vidas, é normalmente apenas no fim da adolescência que tomamos finalmente "as rédeas". Não é isso que desejamos afinal? Sermos livres, independentes, escolhermos a direção? Talvez não, dá saudade justamente por não ter que escolher tanto, pensar tanto, planejar tanto, criar prioridades, economizar, ser racional, fazer dieta, dormir pouco, trabalhar muito, organizar o tempo... Ah, realmente não é fácil chegar na tão sonhada "fase adulta"! Acontece que é preciso passar por tudo isso, viver na agilidade e ingenuidade da infância, na tensão e transformação da adolescência, na atividade e correria da adultez, e, não sei ao certo, mas me parece que também na sabedoria e tranquilidade da velhice. É sim, é preciso viver. Desenvolver-se, aprender e ensinar.

Ana Kita

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