terça-feira, 5 de junho de 2012

Quanto à imensidão e ao seu abraço

"Eu gostaria de estar ao seu lado
Correr pelo campo e fazer um gol" (Chiquititas)




        Mesmo em meus sonhos mais coloridos de menina, não podia eu imaginar a imensidão deste sentimento. É como milhares de campos de futebol, um arrozal sem fim, é feito o céu azul, ou o castanho dos seus olhos. Mesmo buscando em todas as canções românticas, não encontraria eu as palavras certas, talvez a melodia, mas não creia eu ser melhor que sua respiração. De todas as definições, a melhor é um abraço. Um abraço apertado, daqueles que não tem hora para acabar. Os corpos tão unidos que parecem apenas um. Os corações acelerados se ritmam, a respiração é única e tudo ao redor desaparece. Ficamos só eu e ele, aliás, só sentimento. Já não há corpos - a física não poderia compreender -, já não há espaço, já não precisamos de nada, somos amor e nos bastamos. Assim ficamos dias e noites, meses. Transbordamos e damos fruto. Somos plenitude e perpetuação. Já não sabemos quem fomos, tampouco pensamos o que seremos. Seremos. Somos.

Ana Kita

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