segunda-feira, 6 de setembro de 2010

06/9 - Dia do Sexo

Esta é quase uma postagem informativa. Para quem não sabe (google ajuda, rapidinho) a Olla (creio que a maior marca de preservativos e lubrificantes do Brasil) desde o ano passado lançou essa ideia e pede ajuda das pessoas para oficializar o "Dia do Sexo". Bom, eu aprovo. Sim, qual o problema? Eu penso que há tantos tabus e problemas relacionados ao ato ou a conversa sobre, justamente por essa negação, como se não fosse natural, como se as pessoas não fizessem, como se fosse "pecado", ou "feio". Atualmente até há pessoas que nascem sem que seus pais tenham tido contato (inseminação), mas o normal e na minha época e nas antecedentes, é sexo ser essencial para as crianças nascerem, ou seja, para o desenvolvimento da espécie, para a alegria dos pais. E qual o problema? Eu volto a perguntar. O problema está na cabeça de quem se acha caramujo e se esconde do assunto, faz, isso sem dúvida, mas não pode conversar com o parceiro, morre de vergonha de conversar com os amigos, e compartilhar, um dia, com os filhos: nem pensar. Hipocrisia, né?
Parece como "fazer número 2" (desculpem a comparação esdrúxula), todo mundo faz, e todo mundo sabe, mas é preferível esconder. A diferença é que o "número 2" pode ser "explicado", "conversado" com as crianças, os pais falam, depois passam vergonha quando os pequenos falam em público, então enquanto eles crescem os pais passam a mostrar que é preciso esconder. Já com o sexo, é sempre escondido. Quando o filho está prestes a fazer (ou já fez, se o pai for desligado) surge uma conversa constrangedora e só alertas de segurança. Ou seja, o que mais o filho queria, pensando que na escola já é ensinado sobre doenças, gravidez, prevenção, ele não tem, isto é, não tem o apoio dos pais, não ouve qualquer conselho amigo, qualquer "testemunho" relevante, e algumas vezes (especialmente para os meninos) recebe uma cobrança.
Eu não sou mãe, e talvez esteja culpando demais, não digo que seja fácil, afinal nossa sociedade já tem essa hipocrisia trançada em nossas bases, mas se ninguém fizer nada a tendência é continuar como está. E vejamos bem, o quadro não é nada favorável. Parece que antigamente ninguém falava, mas as pessoas se casavam cedo e escondiam no casamento, aprendiam juntas, descobriam. Hoje não, é cedo e com qualquer ou vários parceiros, em lugares inapropriados, de forma violenta, às vezes por pressão de grupos "amigos". É esse o desejo dos pais? Que seus filhos entre vídeo-game e Barbie dêem uma rapidinha escondidos? Gente, aonde vamos parar? É preciso refletir, é preciso conversar. Não só pelos perigos dessas infancias corrompidas e da saúde dessas crianças, também pelos adultos que elas serão. Maltratados "pela vida", "usados", humilhados, traumatizados, pais "desleixados".
   Esta é a hora! Hora de conversar, hora de entender, hora de praticar com consciência. Todos temos a tal liberdade para fazermos com nosso corpo o que bem entendermos, mas há consequências, é preciso conhecê-las. Fica a dica: converse com seus filhos! Fica a dica: pratique por e com amor! Fica a dica: faça hoje se tiver um bom parceiro, um bom lugar, senão haverá outros dias. Todo dia é dia de viver e bem viver!

Ana Kita

2 comentários:

  1. "Parece como "fazer número 2"" - HAHAHAHAHAHAH
    "entre vídeo-game e Barbie dêem uma rapidinha escondidos" - HAHAHAHAHAHHAHA
    Aninha revoltada com a sociedade.

    "nossa sociedade já tem essa hipocrisia trançada em nossas bases" - deves ser uma leitora de Nietzsche ^^

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  2. haaha Não é de se revoltar??

    Obrigada, Daniel! ;)
    Beijos!

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