sábado, 4 de fevereiro de 2012

Doce morte...

Resenha do livro infanto-juvenil: "O pato, a morte e a tulipa"

      Wolf Erlbruch escreve e ilustra "O pato, a morte e a tulipa", mais do que isso, inova, transforma e manda refletir. Por que a morte tem que ser um figura assombrosa e malvada? Não, definitivamente não precisa. A morte desta história é simpática e sorri, está com o pato desde que ele nasceu e torna-se sua amiga. Com a simplicidade das imagens e a narrativa bastante direta, este livro traz uma nova versão para a personagem da morte e resgata uma ideia que na sociedade moderna não é tão comum, a morte como algo natural e parte integrante da vida. "Quando perdeu o pato de vista, por pouco a morte não ficou triste. Mas assim era a vida."
        Assim como o pato desta história, todas as pessoas sentem a presença da morte, sabem de sua existência, imaginam o que acontece quando chega a hora, mas, infelizmente ao contrário dele, as pessoas costumam temê-la. O pato aproveita seus dias, faz as coisas de que gosta, quem sabe não é hora de aprendermos que viver é também saber que um dia não estaremos mais aqui e tudo bem.

Ana Kita

Título: O pato, a morte e a tulipa
Autoria e ilustração: Wolf Erlbruch
Tradução: José Marcos Macedo
Editora: Cosac Naify
Ano: 2009

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