Estou sempre escrevendo. Cartas, poemas, lamentos, histórias. Vejo seus olhos na rua e me sai uma narrativa com humor. Sinto o cheiro de morangos frescos na verdureira e me jorra um poema sensual. Ouço sua voz na mesa ao lado e me escapa um lamento com saudade. Toco o cetim do seu pijama no lençol e me escorre uma carta molhada. No folheto do supermercado, na nota fiscal, no guardanapo, na lista telefônica. Todo o tempo, em qualquer lugar, você me tira do chão e minha mão precisa registrar. Sou vista como louca, e até tenho me sentido assim. Mas, quando o encontro numas linhas escritas nada disso importa. O cenário se dissolve ao meu redor, o silêncio se instala, e seu sorriso se ilumina no pedaço do papel.
Nos domingos à tarde, quando não há jogão na TV, reúno meus papéis, tento unir nossos momentos e sinto seu abraço. Acabo adormecendo com o ritmo dos seus batimentos. Mais uma semana começa, sem você.
Ana Kita
Seus pensamentos, enchem minha alma de emoção.
ResponderExcluirParabéns.
Beijos Manu
Obrigada, Manu! Que honra... Belas palavras! *-*
ResponderExcluirBeijos, beijos!
Ana