segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quanto aos sentidos e ao amor

   Há quem diga que o amor só entende quem sente, houve quem disse que "o amor é fogo que arde sem se ver" e quem disse que "o essencial é invisível aos olhos". Eu acho o amor essencial. No entanto, não vejo como entendê-lo, nem busco isso. E, acima de tudo, eu o vejo. Sim, eu sinto o amor, é claro, mas também o vejo. Vejo no olhar da minha filha, no nascer do sol, no inverno chegando. Sinto o cheiro do amor num abraço, num cozimento, na toalha depois do banho. Ouço o amor no sopro do vento pela janela, na pressão da panela, no barulho da chave virando na porta. Saboreio o amor no beijo do meu marido, no hálito de pasta dental, no pinhão quentinho. Toco o amor na conchinha de dormir, no algodão da fralda, na lã da blusa. Eu vivo o amor. O amor vive em mim. E construímos, todos os dias, nossa família com amor.

Ana Kita

2 comentários:

  1. a maria rita canta assim "se perguntarem o que é o amor pra mim, não sei responder, não sei explicar"

    :)

    beijos

    ResponderExcluir
  2. Esperta ela! :D
    Dessa vez não pensei nos contemporâneos, quis os que já estão "naturalizados" em nossas mentes.

    Obrigada pelo olhar!
    Beijos, beijos!
    Ana

    ResponderExcluir