quinta-feira, 8 de abril de 2010


Há tanto a se aprender. Há tanto (ou ainda mais) a se ensinar. As atuais e futuras gerações não devem perder o gosto pela leitura, não devem esquecer ou nem conhecer o toque de uma página repleta de poesia. O brilho das estrelas sem qualquer luz artificial, o som do mar sem ser atropelado pelo ruído dos carros, os líquens vermelhos das árvores, o arrulhar dos pombos, a inocência das crianças, a experiência das longas histórias dos idosos, os desenhos das nuvens, a chama das velas, as canções e histórias assustadoras ao redor da fogueira, a força das cachoeiras, o sabor da fruta roubada do pomar do vizinho, o projeto de uma casa na árvore... É disso que precisamos para fazermos da vida: poesia!
Deixemos um pouquinho de lado a poluição do ar e deixemos o vento bagunçar o cabelo. Deixemos de lado os vazamentos de petróleo e aprendamos a boiar no mar. Deixemos de lado os carrapichos da roupa e andemos nas matas. Deixemos de lado a vergonha do ridículo e cantemos com toda emoção num show ou na missa. Deixemos de lado a incerteza quanto ao outro e confessemos nosso amor. Deixemos de lado o lambuzo do rosto e tomemos sorvete na casquinha. Deixemos de lado os lava rápidos e brinquemos com a mangueira num domingo de sol. Deixemos de lado o congestionamento e aproveitemos o caminho para ouvir uma boa música. Deixemos de lado a lotação dos ônibus e observemos a paisagem. Deixemos de lado a ansiedade pelo final e aproveitemos cada palavra.

Um comentário:

  1. Quem dera mais pessoas pensassem assim,
    ou decidissem agir assim pelo
    menos "um" dia na vida *.*

    Ótimo texto :)

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