quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

   Ele queria que eu soubesse, é ridículo, mas sei que ele esperava que eu lesse. Eu li. Noivo. Quem fica noivo hoje em dia? Que coisa mais antiquada! As pessoas nem se casam mais, elas no máximo decidem morar juntas. Casamento virou estratégia de artista para aparecer nas revistas. E ele noivo. Coisa ridícula. Há menos de um ano ele me dizia que não fazia questão de casar, que talvez depois dos trinta pensasse em ter um filho, mas que seus objetivos "românticos" não passavam disso. Seis meses com ela e ele quer casar!
   Que raiva. Estou chorando de raiva. Raiva por passar minha adolescência vendo telenovelas, tudo tão absurdo, os casais enfrentavam as coisas mais improváveis e no fim ficavam juntos. Droga. Eu acreditei. Eu acreditei que na vida também era assim. Eu fiquei esperando ele descobrir que o grande amor era eu, que era armadilha do destino estarmos separados. Mas, na vida não tem maçã envenenada, nem fuso enfeitiçado. Não tem beijo que tire do encantamento, nem sapatinho de cristal. Na vida não há felizes para sempre.
   Eu era sua amiga e em 72 horas fui do orgasmo de uma relação romântica a maior das secas. Para mim foi suficiente para marcar, criar esperança... Para ele foi apenas um final de semana, logo começou a se envolver com ela, e hoje diz que descobriu o amor. Mas, e o meu amor? Tudo que eu sinto, todo sentimento de que eu fui cuidando esse tempo todo, para onde vai tudo isso? Vai ficar nessa página, e amanhã quando o sol nascer eu procuro um sapinho ou mesmo um "plebeu", não faço questão de príncipe.

Ana Kita

2 comentários:

  1. primeira sempre ame a si mesma, esse é o unico amor em que você jamais será enganada.

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  2. Talvez falta amor próprio para a personagem mesmo!

    Sinta-se a vontade, volte quando quiser! ;)

    Abraços,
    Ana.

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