Para amar não creio ser possível sentir medo. Eu temia antes de sentir, como todo mundo que tenta se manter são. Mas assim que a primeira chama acendeu eu me rendi. Bendita insanidade existente na plenitude de ser feliz. Passei a viver intensamente, pois eu senti e o que sentia me bastava. Além de roupas, olhos, sorrisos e toques, além das palavras, afinidades, semelhanças... Aquele tipo de coisa que foge à razão humana, diferente do que se vê, os sentimentos que só sentindo para se conhecer, as borboletas no estômago, o arrepio no corpo, o coração palpitante, a boca seca, a mão trêmula... Ah, o pensamento sempre nas nuvens, viajando entre o último e primeiro encontro. Aquela confiança ingênua, e por isso feliz, de um futuro brilhante.
Sem medo tudo é luz, debaixo de um holofote ou na escuridão do meu quarto (prefiro sob a luz da lua). O vento contra meu andar, não me leva para trás, apenas deixa a vida com aquele ar cinematográfico. Os desafios e rupturas da história fazem ser vida real e produzem o amadurecimento dos envolvidos. Sem medo podemos realmente admirar a poesia da vida. Apenas sem medo posso amar, apenas amando sou amável.
Ana Kita
Um bonito texto!
ResponderExcluir"Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição"
Sophia de Mello Breyner Andresen
M.G.
Obrigada, Maria! Seja bem vinda! ;)
ResponderExcluirLinda citação! *-*
Beijos, beijos!
Ana