terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aquela visão - Ana Kita

   A aula estava tão boa, pena estar tão cansada, pensava ela enquanto escolhia um assento ao fundo. Tinha vontade de fechar os olhos e dormir, não só até o terminal em que precisaria trocar de ônibus... Mas até a manhã seguinte, de preferência acordando em casa e sem torcicolo. Abriu a janela, encostou a cabeça, e... Que lindo! Pensou em voz alta. Sentiu-se boba, aquele rapaz era mesmo lindo. Contudo, não passava de uma visão. Dessas que temos aos montes. Dessas que não se repetem.

   A aula foi divertida, mas é sempre bom voltar pra casa. Ela disse ao amigo. Ele cumprimentou um amigo, e a apresentou a ele. Prazer... Ela queria ser simpática, mas não era fácil agir normalmente com Aquele rapaz. Seria bom se o chão abrisse, mas só a porta do ônibus abriu. Os três entraram, sentaram-se juntos. Os rapazes falavam algo sobre um programa no sábado, ela tentava acompanhar, mas nem se quer conseguiu ouvir o nome dAquele rapaz. Aquele rapaz perguntou se ela gostaria de ir. Aonde? Eles riram, claro, tratava-se do boliche, o boliche que planejavam, do que mais seria!? Ela queria, sem dúvida queria, fazia anos que não jogava, mas iria. Ou não. Não aconteceu ou ela não ficou sabendo da confirmação. Deixou estar, talvez não fosse para ser. Talvez.

Ana Kita

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