domingo, 11 de abril de 2010

Estímulo coletivo

Para começo de conversa: peço perdão! Havia lançado o desafio de dois comentários ou apresentação da (até então) visitante diária anônima, como "prêmio" uma postagem estimulante no sábado. Infelizmente o estímulo a mim não surgiu tão forte em termos literários. No entanto, essa madrugada inspirações chegaram mais forte que qualquer coisa. Espero que essa postagem eu possa me redimir um pouquinho. ;)


"Talvez a felicidade esteja em todos e em cada um. É o coletivo que espontaneamente libera pacotinhos dessa magia. A música, a paixão, o conhecimento, a imagem, a cena, o texto... São meros figurantes dessa peça que ninguém nos convidou, que se desconhece a duração, e que tanto suspeitamos (exigimos e especulamos sobre a existência) do diretor.
Temos autonomia (livre-arbítrio) para decidir o cenário, a trilha sonora, e como a iluminação nos afetará. Os demais atores aparecem e nem sempre terminam conosco, mas a importância de seus personagens cabe tanto a eles quanto a nós. Decida com atenção - orienta frequentemente o diretor.
Cuidado com o fechamento das cortinas - já dizia o grande personagem Chaplin. No entanto, eu sugiro que não perca a hora de atuar. Seja a sua primeira cena ou o ato final o importante é atual!" Ana Kita
Escrito de um guardanapo, com a caneta do garçom, sob olhos atentos de admiradores e curiosos, datado em 11/04/2010 - 02h10.
Joinville, Bovary Snooker Pub (Show da banda "Os Impublicáveis").



"Escrevo-lhe hoje esta carta porque gostaria que tivesse estado comigo esta noite.
Escrevo-lhe, na verdade, pela incoerência desse desejo. Como posso desejar a presença de alguém que está comigo o tempo todo? Desde nossa primeira troca de olhares (há mais de um mês) nada nem ninguém pode afastá-lo de mim. Você está comigo tanto quanto as unhas que crescem em meus dedos, tanto quanto meus cabelos (que agora os detenho presos), tanto quanto as lembranças de minha vida quase inteira. Você está sempre comigo, e ainda se surpreende quando lhe confesso algum pensamento a seu respeito no meio da semana.
Tolo desejo, diria um cético. Bobo desejo, digo eu.
Compreensível, ainda que bobo. Meus olhos só ganham alento quando encontram os seus (fosse alento durador eu ainda estaria sob seus efeitos). Minhas mãos só aquietam-se quando as suas tocam-nas.Minhas palavras só se tornam vagas e nada explicativas quando falam do que sou ao seu lado.
Embora não pareça fazer sentido, esta foi uma noite muito divertida. Estive com pessoas adoráveis, num ambiente agradabelíssimo (considero o melhor pub da cidade, que curiosamente é no lugar onde ficava o pub de que eu mais gostava), ouvindo músicas apaixonantes - executadas por uma banda incomparável (indicação de melhor banda de rock de Joinville: Os Impublicáveis)-, vestindo uma roupa admirável. E a falta que me fazia? Era incalculável. Já a sinto todo o tempo, mas inacreditavelmente a cada acorde do baixo a falta era intensificada.
Queria eu ter o poder supremo das palavras e poder transcrever a sensação de bem estar que a noite me trouxera. Queria eu que esse poder fosse capaz de descrever a energia daquele ambiente nessa noite. Queria eu que você estivesse comigo." Ana Kita

->Dedico esta postagem ao meu querido amigo e baixista da banda citada, Junior, e sua amável namorada, Daia.

4 comentários:

  1. Bom, os meus olhos com certeza era de "admiradora" *.*

    Muito obrigada pelo meu prêmio,
    mas na verdade é VOCÊ que nos premia a
    cada dia com suas belas e doces paçavras..

    Muito obrigada também pela 'dedicação'
    que DE VERDADE MESMO me emocionou (lindo texto)!!

    Um beijo.. Daia :)

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  2. Sem dúvida, Daia, seus olhos foram os maiores representantes dos "admiradores". hehe

    Ah, por nada, imagina! Só escrevo o que sinto, e fico honrada de que alguém goste e até se identifique algumas vezes.

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  3. LINDO, ANA!
    Obrigado pela dedicatória,
    de todo coração.

    Junior

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