domingo, 20 de junho de 2010

Quanto ao eterno desejo e às saudades.

Há dias em que bate uma saudade. Uma saudade da morada da gente. Do som do mar, do sussurro da brisa. Das palavras, das risadas, dos dias que não voltam mais. Não é melancolia, não se engane. São bonitas lembranças, desejos futuros. São estes dias que não temos muito a explicar, e sim sensações a sentir. Sinto. Muito.

Esta noite queria me abrigar em teus braços. Alimentar-me de teu corpo. Embriagar-me de teu cheiro. Banhar-me em teu olhar. Aquecer-me com teu enrubescimento. Desta noite para todo o sempre ser tua. Tua menina, tua mulher. Tua presa, tua predadora. Tua amante, tua esposa. Tua protetora, tua desprotegida. Tua amada, tua atração. Sendo tua nada mais iria ser. Meu nome se desmancharia entre nossos toques, único número que eu poderia conhecer era a soma de ti e mim, nenhum outro me identificaria. Já não estaríamos aqui ou aí, estaríamos em lugar nenhum, felizes e fortes em nós mesmos. Sumiria o mundo, os outros. Só eu e tu por uma noite eterna.

Ana Kita

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