quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quanto aos castelos e às parcerias

Do primeiro risco a um mergulho num mar de lâminas. Ceder?

Beijos são promessas mudas, em que eu não deveria crer. Se creio crio. Um mundo surrealista no mesmo instante como uma pintura clássica. Dirás que busco estrelas, pois sim e, meus castelos são de areia. Tuas palavras são as cruéis ondas que querem me levar. Cedo, cedo ao primeiro vento. Quero me desmanchar em ti e sei que não devo. Nem mais teu olhar consegue me alertar.
Minhas dívidas deixo no passado num tratado de não consultá-las. Tu nem as questionas. Sei que quando estamos sós o mundo é nosso e a liberdade o único caminho. Hora ou outra cedemos. Por vontade, por instinto, quem sabe por estas promessas que não se manifestam. Gostaria, confesso, que fosse por um sentimento recíproco.
A realidade são fossas de meus sonhos. Os outros olhos, guardiães. Os beijos, escadas. Os primeiros ambientes, momentos ao teu lado. As mais altas torres, o futuro. Meu castelo está quase pronto, muitos considerariam-no lindo - assim mesmo, bem subjetivo. No entanto, eu vejo que faltam detalhes. Detalhes que ninguém além de ti pode nos dar. Enquanto ficas em silêncio destruo algumas tantas partes e construo outras tantas. Admiro nosso re-construir. Convido-te para desmanchar ou aumentá-lo comigo.

Ana Kita

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