sábado, 3 de julho de 2010

Textofonia 16: Minhas rotas, suas, e quem sabe nossa


(Foto de minha autoria: 02/07/2010 - Pouca Vogal no Clube Cruzeiro em São Francisco do Sul)

Se ando sempre apressado é porque sei que parecem idiotas as rotas que eu traço. Todos acham. Mas, se sou eu quem as traça que diferença faz o que pensam? Sei que nem sempre faço o que é melhor pra mim, pode parecer inclusive bobagem, eu sou guiada por algo bem maior do que posso ver. Ainda assim tenho motivos a sorrir. Ouço boas músicas, lembro-me de você, imagino o quanto você é feliz.
 Eu não viro vampiro, eu prefiro sangrar. Dei o que achava ser o melhor de mim, e se nunca for suficiente espero que encontre alguém melhor. Vou ficar aqui, continuar distante, só não posso matar. Você não é apagável em mim. Se ando sem direção é porque nunca se sabe. Eu não sei. O futuro é inevitável e sombrio. Não vejo, nem quero adivinhar. Siga em suas próprias rotas e se acaso nos cruzarmos não evite me olhar, vou continuar com sorriso de paisagem. Pode só apreciar.

Ana Kita

-> Utilização da canção "Nunca se sabe" de Engenheiros do Hawaii.

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