todo dia esqueço um pouco mais
primeiro as crianças
os choros e risos
depois se foram os doces
os balanços e as corridas
a seguir me vi livre das mudanças
desteci os amores e os poemas
afastei-me das brigas
da busca por liberdade
e tirei o disco
desci dos saltos e das estrelas
desliguei o carro e a geladeira
abandonei as camas, desisti do diploma
e quando fui queimar os livros
também me desfiz
Ana Kita
Me lembra desapego.
ResponderExcluirMuito bacana Ana!
ResponderExcluirTenho pensado muito no como se dá este processo de desfazer, de destecer pela qual passa o esquecimento e que voce trata poeticamente de forma bela aqui.
Záia
Muito obrigada, Kawen e Záia! Tão bom leitores atentos! ;D
ResponderExcluirZáia, este poema veio depois de ler seus textos recentes no blog sobre esquecimento. Como eu disse lá, fez-me pensar muito a respeito.
Beijos!
Ana
Pai do céu, queria ter dito isso. Agora guardo no peito...
ResponderExcluirAiii, Aluisio! Fiquei emocionada com isso!
ResponderExcluirMuito obrigada! :D
Beijos!
Ana
Me esqueco de visitar e comentar
ResponderExcluirhahaha Boa, tio! ;D
ResponderExcluirBeijos!
Ana
É impressionante como a poesia nos desnuda...
ResponderExcluirAqui, ela diz direitinho onde resides...
Que lindo, moça!
A propósito, Feliz Dia do Escritor(a)
Beijos
hehe
ResponderExcluirObrigada obrigada, Moni!
Não sei se sou merecedora, mas agradeço. Feliz dia do escritor(a) a você!
Beijos!
Ana