Eu a imaginava tão alta quanto ele. Cabelos claros até os ombros, emoldurando um rosto fino. Olhos verdes tímidos e uma voz doce. Eu a imaginava estudiosa, prendada. Vestindo roupas claras e confortáveis, quem sabe vestidos costurados a própria mão. Seios pequenos e pontudos, cintura fina e longas pernas brancas. Eu a imaginava sorrindo aquele sorriso receptivo de esposa.
Ela, na verdade, é baixa como eu. Tem longos cabelos escuros, como os grandes olhos. A boca rosada e o rosto redondo. Seios avantajados e veste roupas justas. Tem aquele jeito mimada e patricinha, também romântica e namoradinha. Tem uma capacidade vocal incrível e fala bastante. É ciumenta, mas simpática. Cumprimentei-a com todo respeito e admiração que ela merece, menti que era um prazer conhecê-la e me afastei tão logo pude. Apenas antes de dormir me dei conta de tudo, baixinho pedi a Deus que me ajude a esquecer essa paixão e que ela o faça muito feliz.
Ana Kita
"sorrindo aquele sorriso receptivo de esposa"
ResponderExcluirgostei disso e da verdade nua em palavras. gosto de amores impossiveis, mais reais que tantos e mentiras que vejo por aí...
um beijo, Ana
Peço licença, Aninha... Senti-me no direito de viajar no teu conto. Coloquei-me no olho do furacão. Imaginei o conflito. E com base nos meus, os que já vivi, reinventei:
ResponderExcluir"Ela é bonita, mas nem tanto"
"Ela é afinada, mas a minha musicalidade é imbatível"
"Ela é romântica e namoradinha, mas eu seria o amor quente, inteiro e indefinível"
"Que ela o faça feliz. Mas jamais como eu seria capaz de fazê-lo"
Brincadeira... Ou não. Quem conseguir domar os pensamentos honestos, que atire a primeira pedra.
Não é maldade, despeita, ou coisa do tipo. É apenas a nossa verdade... Não precisamos divulgar, é fato. Mas pra nós, no escuro do quarto, na liquidez dos olhos, as verdades são in-tei-ras!
Adorei ler isso, Aninha...
Beijos pra ti!
Moni querida!
ResponderExcluirSinta-se sempre muito a vontade! Apaixonei-me por sua viagem! Em outros tempos talvez eu sentisse exatamente assim, cheio de contradições e crueldadizinhas secretas, hoje estou livre disso, talvez por não ter a quem ver (ou fechar os olhos, haha).
Adorei ler isso também, Moni! Muito obrigada pelo carinho e presença constante! *-*
Beijos!
Ana