quinta-feira, 15 de julho de 2010

Poema: Mulher Imensa

vinha vindo a onda forte
a menina com os pés de areia
pensava em correr
ou mergulhar

veio a onda suave
beijou suas pernas
umedeceu suas coxas
fê-la flutuar

na busca insana
pela onda que não veio
a menina decidiu esperar

esperou muito
admirou o luar
e a mesma sumir

de tanto esperar
esqueceu a onda,
sentiu a plenitude
e não queria mais nada.

(de repente nova água 
escorrendo pela perna)

Ana Kita

6 comentários:

  1. rsrs, sem essa de poetas experientes. quem dera.

    Ah, isso aqui ocorre comigo tbem (isso, aqui ao lado, na barra com seus tweets -->)
    As pessoas gostam de textos que acho horríveis, e aqueles que me empolgam, pouquíssimos vem junto comigo na empolgação. o que fazer? sei lá! :P
    E quanto ao poema, eu gostei, mas, hey,
    gostei mais do "poeminha só" rs :D
    este segundo parece menos profundo que esse Mulher Imensa, mas em sua simplicidade ele cativou-me :)

    bjo

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  2. Obrigada, tio! Quem me dera...

    É sim poeta experiente, Eduardo! :D
    O que fazer? Escrever mais e mais, não é possível agradar gregos e troianos, não é? Mas, podemos escrever ora tocando gregos, ora tocando troianos! rs Ora tocando a nós mesmo, ora a leitores atentos.
    Obrigada, quanto a ambos os poemas. Realmente a simplicidade cativa, pena que geralmente me parece difícil ser tão "breve".

    Beijos!
    Ana

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  3. esses versos tão cada vez mais assim, entende, sugerindo várias e várias leituras. e é a isso que todo texto tem que se propor, a confundir o leitor na imensidão dos sentidos construídos.

    beijo beijo.

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  4. É disso que falo... essa poesia quase parece um junção da pessoa com a natureza, a união da carne com o mar, ou quem sabe o retorno ao ventre do planeta-mãe?

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  5. Adoreeei suas interpretações, Kawen! É aí que percorri mesmo...

    Abraços!
    Ana

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